quarta-feira, 21 de abril de 2010
Acerca do Silêncio II
Agrada-me o silencio
É quase uma companhia,
mas alegra-me como se fosse.
Um instante de atenção
e ele chega ao seu alcance
como um animal
tenso e frio de medo
Uma boca fechada
com alma e olhos abertos
com certa inércia te alimentando
em outros tempos... te consumindo
Algumas noites tem som
sobretudo as ausentes da estupidez humana
é preciso concentrar
a força e o inesperado do infinito
em sua pele descoberta
O mesmo animal volta
com a noite em sua boca
salivando escuridão
alguns dizem que ele traz a morte
... não tem poder para isso
Sente-se
Olhe para eles
Todos estão dispostos
Seguirão seus caminhos em paz
Mas antes permanecerão em silêncio.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Acerca do Silêncio
terça-feira, 6 de abril de 2010
Das manias do tempo
resquícios desse frio na pele
e o som constante da dor
o que oprime o folego
e torna real a angústia
em outros tempos reprimida
nessa pele molhada
que se defende de ventos morbidos
entorpecido
e de olhos baixos
a espera do toque
o contato que traga algum calor
num corpo deserto
com desejos prontos
e quiescentes
(...)
porquanto permanece o frio.
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